O ar-condicionado “rouba” potência do carro?

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Sim! Nos veículos tradicionais, com motor a combustão, o carro perde potência quando ligamos o ar-condicionado. Já em modelos com propulsão híbrida ou elétrica isso não ocorre.

Em automóveis puramente a combustão, o carro perde potência quando o ar está ligado porque o sistema de climatização é interligado ao motor. O que faz com que o desempenho do veículo e o consumo de combustível sejam prejudicados.

Nesses modelos, há uma correia no próprio motor que é responsável por mover o compressor. Esse componente, como o próprio nome diz, é o responsável por comprimir o gás refrigerante e fazê-lo circular pelo sistema de climatização. É por isso que o motor perde potência quando ligamos o ar-condicionado.

Em carros híbridos e elétricos, o compressor não diminui a potência do carro. Isso é possível pois nesses veículos, o sistema de tensão é bem mais alto, tanto que as baterias desses modelos chegam a ter 300V. Assim, não é necessário utilizar outra fonte de energia para movimentar o compressor. Como em um carro convencional o sistema elétrico é de apenas 12V, essa tensão é insuficiente para garantir, sozinha, o funcionamento do ar-condicionado.

Como cada carro tem um projeto específico, alguns motoristas percebem mais e outros quase nem sentem a perda de potência do motor. Geralmente, em automóveis equipados com motores 1.0 de aspiração natural, a piora no desempenho do veículo é mais sentida pelo condutor. 

Sistema eletrônico pode diminuir os impactos no desempenho do veículo com o ar ligado

Os impactos no consumo e no desempenho do carro decorrentes do uso do ar-condicionado são inevitáveis. Contudo, têm sido minimizados nos modelos mais atuais, que já contam com um sistema de climatização com recursos eletrônicos, como o compressor variável. Esse sistema consegue trabalhar com maior ou menor intensidade, dependendo da necessidade.

Quando o interior do carro está muito quente (depois que você deixou o veículo estacionado no sol, por exemplo), o compressor terá que trabalhar em intensidade máxima até a temperatura interna atingir o nível ajustado pelo motorista. Depois que isso ocorrer, a pressão do compressor será diminuída, pois será preciso apenas manter a temperatura e não mais reduzi-la.

Alguns compressores podem até desligar e religar automaticamente, sem trazer desconforto térmico para quem está no veículo. Isso pode acontecer, por exemplo, quando o motorista está exigindo mais potência do motor, como quando o condutor pisa fundo no acelerador para fazer uma ultrapassagem.

Para evitar que o ar-condicionado roube a potência do carro e, consequentemente, gaste mais combustível, é recomendado manter a temperatura do ar em 22 graus. Assim, há conforto para quem dirige e não se exige tanto do motor, o que quer dizer menos gasto com gasolina.

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Santa Emília